Gerês
Excelentes 24 horas pelo planalto de Castro Laboreiro…
Excellent 24 hours on the plateau of Castro Laboreiro, Peneda-Gerês National Parc …
Uma volta por Fafião
Antes que ficassem impossíveis aproveitei um excelente dia de sol para visitar a conhecidas Cascatas de Barjas (ou Tahiti como são habitualmente conhecidas).
O sitio é espectacular… mas às 9 horas da manhã, antes da confusão. Não consigo sequer imaginar como será visitar este sitio em pleno Agosto…
A little walk in the Peneda-Gerês National Park, area of the village of Fafião.
PR14 – uma ultima volta antes do inverno
Aproveitando as excelentes previsões aproveitamos o invulgar tempo deste inverno de 2016/17 para uma volta enquanto esperávamos que a neve caia efectivamente. escolhemos uma zona sem grandes complicações de acesso mas ao mesmo temp pouco explorada por nós. Sem grandes projectos acabamos por seguir o trilho do PR14 que parte de Ermida no Gerês e realiza uma volta circular, com o cuidado suficiente para não entrar na vizinha freguesia de Fafião… 🙂
Apesar de não sermos adeptos dos percursos marcados, este é um percurso interessante que explora algumas zonas onde habitualmente não seguiríamos. Nesta altura encontra-se bem marcado apesar de em dois ou três sítios acharmos que as indicações não são muito precisas e talvez necessitassem de alguma reparação (possivelmente algum vandalismo também possa ser o responsável).
Alguns sítios com informação: Câmara Terras de Bouro, no ICNF e no Wikiloc.
Gerês no Outono
O outono é a minha estação preferida para fazer umas volta no monte. Desta vez a ideia era fazer cinco dias de travessia que acabamos por conseguir concluir em quatro com um longo ultimo dia de 35 kms.
Foram quatro dias sem ver um único montanheiro e com um tempo perfeito. No final foram 106 kms e 8000 metros de desnível acumulado.
Autumn is my favorite season to ride in the mountains. This time the idea was to do five days of crossing, that ended up able to complete in four with a long last day of 35 kms.
There were four days without seeing a single mountaineer and a perfect weather. In the end we did 106 km and 8000 meters of accumulated ascents and descents.
ainda muitas uvas nas videiras
excelente caminho com montes de sombra
continua a degradação do edifício da porta da Paradela
nova forma de marcar os percursos?
montes de amoras…
uma perigosa cobra…
… ou talvez não
aqui o céu é sempre fantástico
com este tempo parece que estamos na primavera
este caminho parece que vai fechar…
não foi só em Portugal que ardeu bem este verão
excelente varanda
o inicio de outro dia
um corço que nos passou à frente
o bom tempo continua
no cume mais alto do Gerês
o terceiro dia acaba mais cedo para aproveitar o sol e descanso
final de tarde fantástico!
o inicio do quarto dia parecia ameaçar uma mudança
mas afinal as coisas melhoram e o sol aparece
é impossível perdermo-nos com estas mariolas
como este verão tem sido seco encontrar agua não foi sempre fácil. ainda bem que o filtro anda connosco.
um louva-deus escondido
desta vez foram cabras selvagens a passar-nos à frente
as nuvens parece que querem regressar
lá para cima as coisas não querem limpar
mais uma cobra mas desta vez não era pequenina e ficou à defesa mal nos chegamos perto
últimos quilómetros já foram no escuro
e já está!
o resumo de de quatro dias
Volta na Serra da Peneda – Parte 3 (Trail in the Gerês National Park)
A three-day tour, 90 kms and a total of accumulated ascent and descent of 5600 meters of desnivel at Peneda-Geres National Park. In this article photos and description of the third day.
O dia já começa com as rotinas: levantar às 7 horas, tratar do pequeno-almoço, arrumar e arrancar por volta das 8:30. Sem pressas mas sem pausas. Hoje está mais frio e nota-se na condensação no interior da tenda.
O prado também é mais aberto e exposto o que aumenta a descida da temperatura. Novamente para começar o dia temos uma subidinha. Mas hoje sabe bem o corta-vento que tenho vestido. Desde que comecei a usar este tipo de vestuário ele passou a ser obrigatório na minha mochila. Leve, sem ser quente, protege o essencial e é ao mesmo tempo bastante respirável.
Passo a casa abrigo e agora é quase sempre a descer até ao Soajo. Pelo caminho ainda passo pelo parque de campismo da Branda de Travanca – infelizmente fechado grande parte do ano – e pela Porta do Mezio – um dos maiores gastos que conheço no PNPG.
Pelas placas que existiam durante a construção foram mais de 2.500.000€ em montes de edifícios, sendo que alguns deles têm aspecto de nunca terem tido nada nem ninguém. É curioso que se gaste tanto dinheiro neste tipo de construções e depois se diga que não para replantar as zonas que tem ardido nestes últimos anos ou para ter mais vigilância na área do parque….
Ao contornar a vedação existente encontramos mais uma situação sem sentido: um bar montado em dois edifícios de madeira com um aspecto meio decadente. Meio de tantos edifícios construídos dentro da área da porta (eu contei pelo menos set ou oito) não fazia mais sentido ter esta oferta instalado num deles e incentivar que as pessoas visitassem a zona da porta?
O que vale é toda a envolvência deste local e o pedaço de vale por onde se inicia a descida para o Soajo. Milagrosamente este bosque tem-se safado dos incêndios que tem fustigado toda a parte superior e que continuam por reflorestar. Entramos por um bosque que permanece na penumbra graças às árvores que tapam fechado pelas árvores que tapam quase a totalidade do sol mas que também dão origem a enormes contrastes.
Infelizmente este local também não escapou ao vandalismo de um louco a quem as marcas do trilho da Peneda não chegavam e então pintou setas em muitas das arvores deste bosque. Passamos nas traseiras das cavalariças que parecem que voltam a ganhar vida após alguns anos de abandono e seguimos para a aldeia de Vilar de Soente.
Apesar de supostamente continuarmos no GR da Peneda deixamos de ter qualquer tipo de marcas. Ao chegar perto do Soajo decido tentar seguir para Entre-Ambos-os-Rios. Lá descubro uma passagem entre antigos caminhos meio fechados pelo mato e chego a Ermelo e à ecovia do rio Lima.
Esta ecovia, que segue junto à margem, tem umas vistas fabulosas sobre a bacia da barragem de Touvedo. Infelizmente o projeto termina no meio do nada. Apesar de ser uma excelente ideia que aproveitou alguns antigos caminhos, esta ecovia possivelmente teria chegado ao muro da barragem ou pelo menos a Garção, se fosse menos pomposa para o uso que tem. Infelizmente algum abandono está a fazer as suas mostras e algumas estruturas já foram roubadas ou estão podres.
No entanto é precisamente um antigo caminho que nos liga a Garção e é através de outras ligações que já tinha percorrido há uns tempos que chego à barragem.
Tal como dessa vez só me falta uma parte chata do percurso: fazer os quatro quilómetros pela estrada que me separam do parque de campismo de Entre-Ambos-os-Rios. Mas a paisagem compensa e os poucos carros que passam tornam mais suportável a questão de estar a andar junto ao alcatrão. Já no parque tento consultar a previsão do tempo na internet.
O que suspeitava pelas nuvens que foram entrando ao longo do final do dia confirmasse. O tempo vai mudar e é já para o dia seguinte com mais nuvens durante a noite e chuva nos três dias seguintes.
Não apetece estragar os excelentes dias que tenho tido por isso acabado por tomar a dolorosa decisão de me meter no carro e regressar a casa.
Consigo um táxi para não ter que fazer os 17 km de alcatrão que me separam do Lindoso e regresso a casa. No dia seguinte as previsões confirmam-se e a opção de vir embora foi efectivamente uma boa decisão…
Volta na Serra da Peneda – Parte 2 (Trail in the Gerês National Park)
A three-day tour, 90 kms and a total of accumulated ascent and descent of 5600 meters of desnivel at Peneda-Geres National Park. In this article photos and description of the second day.
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Sete da manhã e toca o despertador. Ainda está uma penumbra e o dia começa a nascer.
nascer do sol sobre Penameda
serra da Peneda
O sitio onde montei a tenda não é o melhor. Por várias vezes tive que acordar e me mudar para não sair para fora da tenda. Arrumar tudo, comer e são 8:30 já estou a andar. E para aquecer os músculos não há nada como uma subidinha.
represa
cimo da subida
objectivo de hoje lá ao longe
Contorno a Penameda e desço para a Bouça dos Homens. O dia está mais fresco do ontem o que torna o andamento mais agradável. Contra o que é habitual encontro pelo caminho gente jovem a tratar do gado.
Bouça dos Homens
Passo esta simpática aldeia, que noutros tempos deve ter feito juz ao seu nome, e sigo pelo estradão que dá acesso à Mamoa do Batateiro, mais um exemplo do abandono da nossa cultura. Apesar de completamente vedada o portão está aberto.
Continuo pelo estradão, que por vezes está tão mau que não sei como se consegue aqui passar. As águas das chuvas tem feito os seus estragos ao longo dos anos e ninguém os repara. Por outro lado nas suas laterais os pinheiros e cedros, que apesar plantados ainda em tempos que o parque não era parque, tornam o local formidável e são as praticamente as únicas árvores que se mantém.
não faltam cogumelos
já lá longe a Bouça dos Homens
Chego á pequena represa, que noutros tempos deu água à Branda da Aveleira. Excelente sitio para ficar. Mas desta vez a paragem é breve. Aproveito para atestar de agua, comer algo e sigo.
lobo?
Continuo pelo estradão, passo o desvio para a Branda de Bosgalinhas e mais à frente o local considerado como a nascente do rio Vez. Próximo objetivo: cimo da Penda.
nascente do Vez
um dos enorme fojos dos lobos
Pela primeira vez nesta marcha vejo cavalos. Já estava a estranhar a sua ausência. Chego ao grande marco da Peneda, que curiosamente está fora das fronteiras do parque, e aproveito a vista. O dia está limpo e a vista vai até muito longe. Uma paragem para carregar o corpo com algumas calorias e agua.
capela de Sto. Antonio do Monte e S.Bráz
A partir daqui, e por algum tempo, será só a descer. Não falta agua na serra e em todo o lado o verde da relva contrasta com os castanhos das folhas. Vou passando pequenas brandas: Arieiro, Cerradinha, Lamelas,… locais convidativos para ficar… mas terá que ser para outra vez. Todas são engraçadas mas a de Lamelas, envolta em grandes cedros, tem um especial encanto.
Chego a Lordelo e inicio a abrupta descida para Carvalheda, pequena povoação perdida junto ao rio Ramiscal e hoje abandonada, seguindo o velho caminho que se mantém activo graças do GR que por lá passa. Junto à aldeia uma ponte permite passar o rio. No seu leito podemos observar restos de outras pontes arrastadas pelas forças das aguas. A montante as encostas são tão fechadas e cobertas de vegetação que é difícil imaginar que passe por aí algum caminho. Mas passa.
descida para rio Ramiscal
rio Ramiscal
Até agora vim a descer mas depois da ponte a subida para Avelar muda os músculos usados. Sigo novamente o trilho da Peneda e depois de passar Avelar alcanço o estradão que segue para a Branda de Travanca e o Mezio.
Lordelo mais alto e Carvalheda em baixo
O dia já vai longo e lá arranjo um prado, com vista para um fantástico por do sol, onde monto a tenda. Deste lado a serra está mais seca e os locais para abastecer estão menos frequentes.
Como companheiros de noite tive uma manada de cavalos que também escolheu este prado para descansar. Felizmente não se lembram de vir comer para junto da tenda. O mesmo não aconteceu com os mosquitos e acabei por ter que me fechar dentro da tenda para conseguir jantar descansado.
resultados de dois dias de volta
Volta na Serra da Peneda – Parte 1 (Trail in the Gerês National Park)
Eram 13 horas quando saía do Lindoso. Uma hora vergonhosa para começar uma marcha. E mais estando previsto 25 km para esse mesmo dia.
tudo pronto?
saida do Lindoso…
… com vista para os conhecidos espigueiros
Mas a desculpa sempre: a alguma coisa que ficou por fazer. Lá arranco para o primeiro estradão: 7 km de alcatrão que ligam o Lindoso à aldeia de várzea. Antigamente está ligação era um caminho de terra batida mas agora da paisagem que temos do lado da barragem.
as cores do outono
a barragem do Lindoso em plena descarga
Chegados à várzea toca a seguir o trilho para a mistura de águas. Infelizmente a parte do caminho que passa por baixo da aldeia acumula o lixo que é largado nas rua de cima. Estamos num parque nacional que é noticiado por todo o mundo mas eu não consigo ver isto, por exemplo, nos nossos vizinhos espanhóis. É habitual nas nossas aldeias encontrar lixo nas partes mais baixas arrastado pelas chuvas. Será que não era mais importante fazer educação ambiental nas populações do que estar preocupado em proibir ou quer controlar as marchas feitas por quem recolhe todo o lixo que faz e por vezes o que lá encontra?
dado que a barragem está baixa aparecem curiosos desenhos
e antigas construções
o “monstro” vai atacar
a aldeia de Várzea
e actual estrada de acesso junto à água
Lá continuo pelo trilho até ao local até à “Mistura de águas”, curioso nome para o local onde se juntam os rios Peneda e Laboreiro e até onde chega hoje as aguas da barragem do Lindoso. Mas mal chego tenho uma desilusão.
a caminho da “Mistura de Águas”
e cá está ela bem carregadinha
Os meus planos eram seguir o rio Laboreiro mas as chuvas dos últimos dias tornaram isso impossível. Os rios estão demasiado carregados e apesar de procurar ao longo das margens não consigo encontrar uma travessia segura, muito menos para quem está sozinho. Infelizmente a ponte construída em Portugal e Espanha há uns anos não serve para nada. Entre o local que estou e a sua localização tenho o rio Peneda pela frente. Questiono-me porque diabo terá ela sido construída! Situação? Voltar para trás? Ou aproveitar o bom tempo e “inventar” outra volta?
o vale de acesso a Tipo dominado pela maior parede de Portugal: a Nédia
para que não haja duvidas
Optei pela segunda! Toca a virar para Tibo e seguir o rio Peneda. O caminho está bastante molhado e muitas partes com autênticos rios. Também se nota que ele começa a fechar em alguns troços. Chego a Tibo. E agora para onde sigo?
depois das chuvadas à cogumelos por todo lado
a Nédia com os seus 500 metros e muitas recordações
Decido virar para a Sra. da Peneda já que nunca fiz esta parte do rio. Nas margens do rio nota-se o caudal e a violência que este teve há muito pouco tempo. Mas também a quantidade de lixo que este trás. É impressionante como um rio com mais de 15 kms de vida até este ponto pode trazer tanto lixo. Nas grades dos campos que ladeiam o rio parece que estiveram a estender a roupa velha. Tirando este importante à parte o caminho velho que liga as aldeias, perdido por entre encostas e pinheiros, é extremamente bonito.
a força das águas já conseguiu destruir novamente os degraus de acesso desta ponte
e encher as cercas de lixo
um curioso moinho a meio do vale
Chego à Sra. da Peneda de uma forma completamente diferente para mim, e que me faz recordar como seria a entrada do peregrinos à cerca de um século atrás. Atravesso o pátio dos antigos quartelos agora transformados em alojamento. É pena que prefiram manter o preço alto que praticam do que ter o espaço alugado. E a antiga casa da guarda-fiscal podia funcionar como um refúgio mas só é possível alugar se for um grupo grande….
antigos caminhos…
de acesso à Senhora da Peneda
Agora só falta a ultima parte: subir até à lagoa. Uma subida para “aquecer” o final do dia. No meio do lusco-fusco lá vejo os tubos para o novo aproveitamento elétrico da Peneda.
as ultimas luzes do dia
enquanto o jantar fica pronto
São já oito da noite quando chego e já só consigo ver uma leve luz a bater na água da lagoa completamente cheia que contrasta com a visão de há uns meses quando a esvaziaram totalmente. Toca a a preparar as coisas para o jantar e descansar que o dia amanhã vai ser longo.
registos do dia
Serra Sta. Isabel – Miradouro do Gerês
A pequenina Serra de Sta. Isabel passa despercebida ao lado das grandiosas serras do Gerês e Amarela.
No entanto é um dos melhores sítios para precisamente ver essas serras!
Com vários acessos e trilhos para todos os gostos encontramos trilhos marcados como é o caso do Trilho de São Bento ou o do Castelo, mas também enormes possibilidades para quem gosta percorrer a montanha sem marcações.
Foi esse o nosso caso num dia frio de inverno. Com a ideia de conhecer mais um pouco saímos de Matavacas rumo ao cimo da serra, descobrindo os trilhos conforme fomos andando.
O dia estava frio e ventoso mas os diversos bosques existentes tornam o passeio menos exposto. Em muitas partes desses mesmos bosques parece que a qualquer momento vamos encontrar um druida, fazendo-nos recordar histórias de bruxas e duendes.
Esta serra é um local fantástico pese embora o “ataque” por parte dos madeireiros na sua parte mais baixa. Aqui, e infelizmente, existem muitos estradões estão em mau estado devido às maquinas, muitos cobertos de ramos e troncos deixados após o abate. Deveria haver uma obrigação de realizar alguma limpeza mas em fim….
Na parte de cima existem milhares de blocos, curiosamente, ainda pouco explorados pelos escaladores “bloqueiros”. Não escalo muito bloco mas diria que há aqui um pequeno paraíso liberto das rígidas regras do ICNB.
Por um lado espero que esta serra continue esquecida pois parece que só desta forma se consegue que as coisas se mantenham preservadas.
Volta na Barragem da Paradela
Não há nada como acordar de manhã, numa marcha durante inverno, e ser aquecido pelo calor sol. Foi o que nos aconteceu há já umas semanas.
As previsões eram boas mas não havia disponibilidade para aproveitar dois dias por inteiro. Solução: uma actividade de 24 horas!
Como queríamos passar a noite fora decidimos fazer parte da actividade durante a noite. As previsões eram excelentes mas o frio ia ser uma presença. Já passava das sete da tarde quando começamos a andar. A noite estava estrelada e via-se até bem longe. O inicio seguia um estradão de terra batida mas passado uns dois kms passamos para a aventura de tentar descobrir o caminho no meio de mato bem alto, o que de noite nem sempre é facil. Supostamente aqui deveria existir um caminho marcado mas está bem tapado. Entre procura no meio do mato e orientação pelo gps lá chegamos à travessia do rio onde estava previsto.
O local onde iríamos dormir era completamente desconhecido por isso toca a carregar agua não vá o local ser bom mas seco. E eram umas dez da noite quando, já com o estaminé montado, nos sentamos para cozinhar e preparar o jantar. O sitio não era o que inicialmente estava previsto mas as condições eram perfeitas e foi descoberto por mero acaso a meio de um apontar de frontal.
O dia seguinte amanheceu perfeito. Rapidamente o intenso frio da noite foi substituído por uma agradável temperatura e os casacos voaram para as mochilas.
Como não havia pressa e estávamos confortáveis, o arranque foi lento. Seguimos para continuar a circular a barragem aproveitando para as fotografias dos vários ângulos.
Quando estávamos mais ou menos a meio da distancia surge uma desagradável surpresa: as solas de um de nós estava literalmente a desintegra-se. Apesar de terem pouco uso a parte de borracha que liga a sola à bota propriamente dita estava a desfazer-se em grande velocidade. E assim se dá cabo de uma actividade. Com uns cordinos e um rolo de fita adesiva lá conseguimos alguma união para tentar chegar novamente ao carro. Em vez da volta planeada optamos por seguir parte em estrada de forma a poder pedir uma boleia caso fosse necessário.
Eram umas quatro da tarde quando chegamos ao carro. As botas lá aguentaram mas a sola já ameaçava sair por trás sem qualquer colada à bota. Segundo soubemos parece que existe um “fungo” da borracha que destrói completamente determinado tipo de borrachas quando o calçado não usado durante um tempo (??).
Restou-nos um lanche reforçado no conhecido Montalegrense em Braga, nem 24 horas depois de lá termos passado.