Volta na Serra da Peneda – Parte 2 (Trail in the Gerês National Park)

A three-day tour, 90 kms and a total of accumulated ascent and descent of 5600 meters of desnivel at Peneda-Geres National Park. In this article photos and description of the second day.

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Sete da manhã e toca o despertador. Ainda está uma penumbra e o dia começa a nascer.

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nascer do sol sobre Penameda

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serra da Peneda

O sitio onde montei a tenda não é o melhor. Por várias vezes tive que acordar e me mudar para não sair para fora da tenda. Arrumar tudo, comer e são 8:30 já estou a andar. E para aquecer os músculos não há nada como uma subidinha.

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represa

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cimo da subida

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objectivo de hoje lá ao longe

Contorno a Penameda e desço para a Bouça dos Homens. O dia está mais fresco do ontem o que torna o andamento mais agradável. Contra o que é habitual encontro pelo caminho gente jovem a tratar do gado.

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Bouça dos Homens

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Passo esta simpática aldeia, que noutros tempos deve ter feito juz ao seu nome, e sigo pelo estradão que dá acesso à Mamoa do Batateiro, mais um exemplo do abandono da nossa cultura. Apesar de completamente vedada o portão está aberto.

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Continuo pelo estradão, que por vezes está tão mau que não sei como se consegue aqui passar. As águas das chuvas tem feito os seus estragos ao longo dos anos e ninguém os repara. Por outro lado nas suas laterais os pinheiros e cedros, que apesar plantados ainda em tempos que o parque não era parque, tornam o local formidável e são as praticamente as únicas árvores que se mantém.

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não faltam cogumelos

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já lá longe a Bouça dos Homens

Chego á pequena represa, que noutros tempos deu água à Branda da Aveleira. Excelente sitio para ficar. Mas desta vez a paragem é breve. Aproveito para atestar de agua, comer algo e sigo.

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lobo?

Continuo pelo estradão, passo o desvio para a Branda de Bosgalinhas e mais à frente o local considerado como a nascente do rio Vez. Próximo objetivo: cimo da Penda.

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nascente do Vez

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um dos enorme fojos dos lobos

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Pela primeira vez nesta marcha vejo cavalos. Já estava a estranhar a sua ausência. Chego ao grande marco da Peneda, que curiosamente está fora das fronteiras do parque, e aproveito a vista. O dia está limpo e a vista vai até muito longe. Uma paragem para carregar o corpo com algumas calorias e agua.

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capela de Sto. Antonio do Monte e S.Bráz

A partir daqui, e por algum tempo, será só a descer. Não falta agua na serra e em todo o lado o verde da relva contrasta com os castanhos das folhas. Vou passando pequenas brandas: Arieiro, Cerradinha, Lamelas,… locais convidativos para ficar… mas terá que ser para outra vez. Todas são engraçadas mas a de Lamelas, envolta em grandes cedros, tem um especial encanto.

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Chego a Lordelo e inicio a abrupta descida para Carvalheda, pequena povoação perdida junto ao rio Ramiscal e hoje abandonada, seguindo o velho caminho que se mantém activo graças do GR que por lá passa. Junto à aldeia uma ponte permite passar o rio. No seu leito podemos observar restos de outras pontes arrastadas pelas forças das aguas. A montante as encostas são tão fechadas e cobertas de vegetação que é difícil imaginar que passe por aí algum caminho. Mas passa.

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descida para rio Ramiscal

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rio Ramiscal

Até agora vim a descer mas depois da ponte a subida para Avelar muda os músculos usados. Sigo novamente o trilho da Peneda e depois de passar Avelar alcanço o estradão que segue para a Branda de Travanca e o Mezio.

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Lordelo mais alto e Carvalheda em baixo

O dia já vai longo e lá arranjo um prado, com vista para um fantástico por do sol, onde monto a tenda. Deste lado a serra está mais seca e os locais para abastecer estão menos frequentes.

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Como companheiros de noite tive uma manada de cavalos que também escolheu este prado para descansar. Felizmente não se lembram de vir comer para junto da tenda. O mesmo não aconteceu com os mosquitos e acabei por ter que me fechar dentro da tenda para conseguir jantar descansado.

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resultados de dois dias de volta

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